Uma das perguntas que mais recebo no Instagram do Mania é: “Quais os Materiais básicos para fazer DIY em casa?”. Então, decidi fazer esta lista, para ajudar quem quer começar no universo do Faça você mesmo a por a mão na massa! 😀 Vamos lá?
Colas
Colas são extremamente versáteis e encontradas em papelarias ou até em lojas de materiais para construção.
- Cola quente
- Usos sugeridos: a cola quente é um adesivo potente que pode ser utilizado em diversas superfícies, como madeira, plásticos, bijuterias, fios, calçados, couro, papelão, papel, borracha e cerâmica.
- Quando não usar: cola quente não funciona bem em superfícies de vidro. Este material cola objetos de plástico, mas não é indicado para grandes superfícies feitas com este material, especialmente em itens que ficarão suspensos (experiência própria, inclusive).
- Pontos positivos: é uma ótima opção para obter resultados rápidos!
- Pontos negativos: dependendo do trabalho que for realizado (em peças menores e mais delicadas, por exemplo), o acabamento pode ser grosseiro. Tome cuidado também para não se queimar.
- Cola branca extra (diferente da cola branca escolar)
- Usos sugeridos: é uma ótima opção para materiais porosos (que absorvem água), como madeira e papel, além de alguns tecidos.
- Quando não usar: em vidros, plásticos e metais. Também não deve ser utilizada em ambientes úmidos ou áreas externas.
- Pontos positivos: é a mais segura e inofensiva dos tipos de cola existentes. Possui flexibilidade e transparência quando seca e é a melhor opção para colar madeiras entre si.
- Pontos negativos: não é resistente à água (por isso não pode ser utilizada em ambientes úmidos ou áreas externas). Também demora mais no tempo de colagem que a cola quente. Nas madeiras, por exemplo, a secagem completa leva normalmente cerca de 24h.
- Cola universal
- Usos sugeridos: pode ser aplicada em papel, tecido, cartão, madeira balsa, renda, passamanaria, acrílico, PVC, cortiça, couro, cartolina e plásticos. Inclusive ela pode ser utilizada, por exemplo, para fazer barra de calças, pois não sai na lavagem. É a que eu mais utilizo para fazer objetos sem precisar costurar (como capas de almofadas ou mesmo barras de cortinas).
- Quando não usar: não adere em três tipos de plásticos – o polietileno, o polipropileno e o PTFE. Também não é recomendado utilizar a cola universal em metais ou vidros.
- Pontos positivos: transparente, não-toxica, prática e de secagem rápida.
- Pontos negativos: pode manchar alguns tecidos. A embalagem também é pequena e não rende muito.
Fitas
As fitas podem ser grandes aliadas no DIY, substituindo desde os pregos nas paredes ou até mesmo auxiliando no processo de pintura.
- Dupla face
Existem várias opções no mercado e diferentes marcas. É importante ter este tipo de material em casa, pois ele é um ótimo aliado para quem quer colocar algo na parede sem precisar furar. Também é utilizável em alguns artesanatos.
DICA: na hora de comprar sua fita dupla face (seja ela feita de papel, espuma, borracha ou acrílico), leia sempre a embalagem e veja o peso que a fita suporta. É esse detalhe que vai te mostrar na hora da compra se aquela fita realmente vai atender suas necessidades.
ARRANCA UM PEDAÇO DA PAREDE? Arranca. Mas tem a técnica de usar um fio dental para ir tirando a fita com cuidado. Esse processo é explicado no verso da embalagem da fita (e ajuda a danificar bem menos a parede na hora de tirá-la). Algumas pessoas também utilizam secadores de cabelo para amolecer a fita na hora de arrancá-la.
- Crepe
Baratinha, a fita crepe é a melhor opção para demarcar áreas que serão pintadas. Não são muito fortes para serem utilizadas em outros processos de DIY, mas são ótimas quando é preciso bater um prego na parede (ajuda o furo a ser mais certeiro!).
DICA: depois de colocar a fita crepe demarcando a área que você quer pintar (seja na parede ou mesmo em um pedaço de madeira, por exemplo), é bom “sujar” o dedo com um pouco de massa corrida (bem pouquinha mesmo) e passar na beirada da fita (onde ela se encontra com a parede/madeira), pois isso garante que a tinta não “escape”, deixando a pintura reta e com um ótimo acabamento.
Instrumentos de trabalho
Existem alguns instrumentos de trabalho que considero os melhores companheiros na hora do faça você mesmo. Eles são fáceis de achar (você normalmente encontra em papelarias) e são os mais utilizados nas minhas invenções (em outras palavras, não vivo sem!). São eles:
- Base de corte (feita de PVC e é ÓTIMA para cortar coisas com estilete)
- Tesoura
- Régua de metal (ideal para cortes com estilete)
- Estilete
Ferramentas
Então, se você quer se aventurar ainda mais no DIY, se jogando em produções mais elaboradas (como mesas pequenas, bancos, etc.), existem ferramentas básicas que vão te ajudar muito nesta empreitada!
- Furadeira
Existem diferentes modelos e valores de furadeiras no mercado, então elas são bem fáceis de achar. Eu amo furadeiras porque elas facilitam a vida por fazerem diferentes furos, de variados tamanhos e formatos.
1.1 Qual modelo escolher?
Antes de mais nada, é importante saber que existem duas classificações gerais para furadeiras: as com impacto e as sem impacto. O primeiro tipo é ótimo para paredes de tijolos e concreto, porque faz um movimento mais brusco (ao mesmo tempo que a broca gira, a máquina aplica “golpes”), o que facilita a perfuração dessas superfícies. Já as furadeiras sem impacto servem para perfurar materiais como plástico, madeira, ferro, aço e acrílico.
A minha é com impacto, uma vez que a uso para colocar prateleiras e quadros nas paredes de casa. Outra coisa que gosto da minha é que ela é um modelo com giro reversível, o que inverte o sentido de rotação, se tornando um ótimo recurso para facilitar a tirar a broca quando ela trava no processo de perfuração. Eu ainda posso usar a minha furadeira como parafusadeira, então esse giro reversível também ajuda quando preciso desparafusar algo.
Para escolher sua furadeira também é importante ver a potência dela. Para usos domésticos, as máquinas podem ter de 350 a 400 watts de potência. Já para uso profissional deve ser mais que isso. Ah, outra coisa importante é saber sobre o mandril, onde colocamos as brocas (vou falar especificamente delas no próximo tópico). As furadeiras com mandril de 3/8 polegadas aceitam brocas de até 10mm de espessura. Já as com mandril de 1/2 utilizam brocas de até 13mm.
As máquinas que vêm com mandril precisam ser ajustadas (no momento que colocamos a broca) com uma chave específica, que já vem na própria furadeira (normalmente essa chave fica presa próximo ao cabo). Mas existem também furadeiras sem mandril, com um sistema chamado de “aperto rápido”, pois só precisa ser ajustado com as mãos.
1.2 Brocas
Agora vamos falar das brocas, as responsáveis pelos furos: basicamente, elas são os “pinos” que são encaixados na furadeira na hora que ela vai ser usada. Existem modelos de brocas de vários tamanhos e que podem ser utilizadas em concreto, madeira, vidro ou metal. Vou mostrar alguns modelos básicos para você saber diferenciá-las:
Broca para madeira
As brocas para madeira são as que vêm com três pontas. Normalmente, esse tipo de broca tem a cor preta, pois é feita de aço carbono. Ela ainda possui ranhuras que ajudam na saída dos resíduos da madeira quando o furo está sendo feito.
Broca para alvenaria e concreto
Como precisam perfurar superfícies mais densas, as brocas para alvenaria e concreto possuem uma cabeça chata e mais larga que o restante do pino. Elas se assemelham a uma lança ou seta e são fabricadas com um material mais duro.
Broca para metal
A principal característica desse tipo de broca é que ela possui ranhuras mais profundas em sua composição, além de ser feita com um material que resiste às altas temperaturas.
- Parafusadeira
Uma mão na roda na hora de parafusar! Agiliza (e muito) esse processo, além de garantir um bom acabamento. Muitos simples de mexer, especialmente porque é até mais leve de segurar que uma furadeira.
Na hora de escolher sua parafusadeira, o principal ítem a ser levado em conta é a potência dela. Por exemplo: existem no mercado modelos de 3,5 volts, que são indicados para serviços bem simples e mais leves, como desparafusar o teclado do computador. Agora, para parafusar móveis, por exemplo, são indicados os modelos a partir de 9,6 volts. A que eu tenho é de 12 volts e eu posso usá-la tanto em madeira como em alvenaria e metal. Lógico que, quanto mais elevada a potência, mais cara é a parafusadeira. Então você deve considerar se vai usá-la bastante e para qual finalidade. Qualquer coisa, você pode optar por investir em uma boa furadeira que também poderá ser usada para parafusar.
Qual é a minha?
Aliás, já fiz um vídeo no Youtube do Mania mostrando mais sobre a parafusadeira que uso:
- Lixa
Se você quer trabalhar com madeira, a lixa se torna uma ferramenta essencial para se ter em casa. Isso porque é ela que vai garantir um acabamento de qualidade no produto final. Existem várias numerações de lixas, mas, basicamente, a regra é bem simples: quanto menor o número da lixa, mais áspera e grossa ela é. Então, você pode começar a lixar uma madeira bem rústica com uma lixa de número 80, depois passa para uma de número 150 e, por fim, utiliza uma de número 220. É sempre importante começar com a lixa mais grossa e terminar com a mais fina, não pode ser ao contrário, ok?
3.1 Lixadeira
Existem dois tipos básicos de lixadeiras elétricas que dão para usar em casa: a orbital ou roto-orbital.
A que eu tenho é uma orbital, mas eu sempre quis a roto-orbital. Vou explicar o porquê: a orbital tem um acabamento menos polido que a roto-orbital. Porém, ela é mais barata. Por isso, indico a roto-orbital só no caso de você realmente querer investir pesado na marcenaria. Além disso, a orbital já ajuda bastante, especialmente por deixar o processo de lixar mais rápido.
- Serra Tico Tico
A serra tico-tico é ótima para se ter em casa! Trata-se de uma ferramenta que não precisa do uso da força para ser usada. Ela ainda permite fazer cortes com precisão e, no universo do DIY, são uma mão na roda, possibilitando criar diversas coisas com madeira. Além disso, existem modelos que cabem em todos os bolsos, indo de R$ 100 a até mais de R$ 1000.
Qual a minha?
Hoje eu tenho uma Serra Tico-Tico DeWalt DW300B2 (não é propaganda, gente, é porque eu realmente gosto muito dela). O que me levou a fazer essa escolha foi a tecnologia de contrapeso que ela tem, que ajuda a diminuir a vibração quando o corte está sendo feito, deixando o processo mais prático. Ela ainda tem uma profundidade de corte de 13 cm em madeira e a lâmina dela pode ser inclinada em até 45 graus. No mercado hoje ela custa cerca de R$ 360,00.
Mas também indico outros modelos, como a Serra tico-tico Black and Decker KS501-BR (mais barata, inclusive) e a Serra tico-tico Wesco WS3772.
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Ráisa Guerra é jornalista e designer de interiores. Criadora do canal Mania de Decoração, é especialista em projetos acessíveis e criativos de decoração.